Sempre que surgem perguntas relacionadas a gestão de pessoal a resposta não pode ser diferente: depende. São múltiplas as variáveis que influenciam a proporção ideal entre gerente e técnico e todas elas devem ser levadas em consideração, de acordo com a especificidade de cada empresa. No entanto, para compreender melhor a necessidade do seu time e encontrar uma solução, é possível listar aqui algumas reflexões relevantes para determinar essa proporção em sua organização.

Quão experiente é a equipe técnica?

Técnicos mais experientes geralmente demandam menos supervisão. Se sua equipe possuir amplo treinamento e anos de experiência, seja na sua empresa ou na área de atuação, provavelmente não requererá supervisão intensiva. Um breve contato com o gerente no início do turno ou até mesmo da semana pode ser suficiente para estabelecer prioridades e diretrizes. Neste cenário, uma proporção de um gerente para 20 técnicos pode ser plausível.

Por outro lado, se a sua equipe é composta por técnicos jovens e inexperientes, ou se você está enfrentando alta rotatividade, é provável que necessite de uma relação gerente-técnico mais estreita. Talvez seja necessário investir mais em treinamento, assim como supervisionar o trabalho deles de perto e responder perguntas ao longo do dia. Caso possua suporte para aumentar a quantidade de supervisores de manutenção para orientar os novos técnicos, indica-se que a proporção de gerente por técnico seja mantida um pouco mais alta.

Quão complexas são as tarefas de manutenção?

Esta questão está, em certo grau, ligada à anterior pois técnicos altamente capacitados podem lidar com tarefas complexas com a mesma facilidade que técnicos menos experientes lidam com tarefas mais simples. Entretanto, um gerente de manutenção pode ter mais responsabilidades de planejamento, estratégia e análise de dados em ambientes mais complexos. Nesse caso, o gerente disporia de menos tempo para supervisionar os técnicos. Você poderia considerar ter quatro gerentes para 20 técnicos, permitindo que eles tenham tempo para outras atribuições.

Qual grau de controle os seus gerentes precisam exercer?

Se a sua empresa está em rápida expansão, pode ser que você queira que seus gerentes exerçam maior controle sobre o programa de manutenção. Em vez de lidar com o mesmo tipo de ordens de serviço todos os dias, sua equipe de manutenção pode ter que gerenciar desafios emergentes que demandariam mais supervisão gerencial e tomada de decisões. Nesse caso, é desejável ter menos técnicos por gerente para que as decisões possam ser tomadas, alteradas e implementadas com maior agilidade.

Quão autônoma é a sua equipe de técnicos?

A autonomia dos técnicos pode variar de acordo com a natureza do trabalho, as políticas da empresa e o nível de experiência e habilidades de cada técnico. Em uma equipe altamente autônoma, os técnicos podem ter a capacidade de tomar decisões de manutenção por conta própria, baseando-se na experiência e conhecimento que possuem. Nesse caso, um gerente seria mais um facilitador e coordenador do que um supervisor direto, permitindo uma proporção mais alta de técnicos por gerente.

No entanto, em equipes menos autônomas, os técnicos podem depender do gerente para tomadas de decisões e orientações mais frequentes. Se for este o caso, uma menor proporção de técnicos por gerente seria necessária para garantir que cada técnico receba a orientação e supervisão de que necessita.

A análise dessas questões e variáveis ajudará você a determinar a proporção adequada de técnicos por gerente em sua organização. Lembre-se que não há uma resposta única ou universal, mas sim uma que seja mais adequada às necessidades e circunstâncias específicas de sua organização.